Palavras-chave:
Símbolos nacionais, Cartas, Governo Getúlio Vargas
Resumo
Este artigo analisa alguns aspectos do nacionalismo desenvolvido, como política de Estado, pelo primeiro governo Vargas (1930 1945), e a sua recepção pelas pessoas comuns. São examinadas especificamente as ações voltadas à valorização de dois dos mais importantes símbolos pátrios: a Bandeira e o Hino Nacionais. O principal objetivo é compreender duas dimensões da relação que a sociedade brasileira, das décadas de 1930 e de 1940, manteve com esses elementos considerados fundamentais para representar e fazer lembrar o país. A primeira é a da produção, de como o governo estruturou um projeto de glorificação desses símbolos e de controle sobre o uso deles por meio de decretos, decretos leis e materiais propagandísticos. Já a segunda é a da recepção da população a esse projeto, observada a partir de cartas enviadas pelas pessoas comuns a Getúlio Vargas. A análise observará as distintas mobilizações dos símbolos nacionais, as quais estavam amparadas em percepções particulares sobre a pátria e a respeito dos papéis que o governo e as pessoas comuns deveriam ter na construção do “novo país”. Além disso, será possível notar os interesses e as motivações, coincidentes ou divergentes, desses diferentes atores sociais ao instrumentalizarem os símbolos nacionais.
Biografia do Autor
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Dr. André Barbosa Fraga, UFF
Pós doutor pelo Programa de Pós Graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutor e mestre pelo mesmo Programa. Bacharel e licenciado em História pela UFRJ. Professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro e Tutor do curso de Licenciatura em História a Distância da Unirio. Membro dos Grupos de Pesquisa “Dimensões do Regime Vargas e seus desdobramentos” (UERJ) e “Núcleo de Estudos Contemporâneos” (UFF). Autor do livro Os heróis da pátria: política cultural e história do Brasil no governo Vargas (Prismas, 2015) e co organizador dos livros Olhares sobre o Governo Vargas (Autografia, 2017), Governo Vargas: um projeto de nação (7 Letras, 2020) e Governo Vargas: questões regionais e relações interamericanas (7 Letras, 2020). Das pesquisas que tem desenvolvido sobre o governo Vargas, destacam se a construção de heróis nacionais, o desenvolvimento da aviação civil e militar e a produção editorial do Departamento Nacional de Propaganda (DNP).
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Dra. Mayra Coan Lago, USP/Centro Universitário Fundação Santo André
Doutora pelo Programa de Pós Graduação em História Social da Universidade de São Paulo, mestre em Integração da América Latina pelo Programa de Pós Graduação em Integração da América Latina pela mesma universidade (PROLAM/USP) e graduada em Relações Internacionais pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Professora do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Fundação Santo André e da Agência Relações Internacionais. Membro do Grupo de Pesquisa “Dimensões do Regime Vargas e seus desdobramentos” e da Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas (ANPHLAC). Desenvolve pesquisa e tem publicações em História da América Latina e História do Brasil Republicano, com ênfase nas relações estabelecidas entre o Estado e as “pessoas comuns” durante o Estado Novo brasileiro e o Primeiro Peronismo.