A NACIONALIZAÇÃO DOS IMIGRANTES DURANTE O ESTADO NOVO A PARTIR DO OLHAR DO PESQUISADOR ESTADUNIDENSE ROBERT K. HALL
Palavras-chave:
Estado Novo, Nacionalização dos estrangeiros, Robert King HallResumo
Este artigo analisa as impressões e observações do pesquisador estadunidense Robert King Hall sobre a política de nacionalização dos estrangeiros empreendida pelo governo Vargas durante o Estado Novo (1939 1945). Para tanto, utilizarei da tese e artigos produzidos por Hall e publicados em periódicos brasileiros e estadunidenses que tratam desta temática. Estes trabalhos resultaram das investigações realizadas por Hall no Brasil em 1940, 1942 e 1948. Quando realizou a primeira viagem, em 1940, Hall cursava o doutorado em educação comparada pela Universidade de Michigan e foi contemplado com bolsa fornecida pelo Itamaraty para realizar pesquisas no país durante seis meses. Esta concessão era resultado de um convênio assinado entre a Universidade de Michigan e o Instituto Brasil-EUA (IBEU), em 1938, para promoção do intercâmbio educacional entre as duas nações. No período em que esteve no Brasil, Hall investigou nossa educação secundária e a nacionalização dos estrangeiros, tendo visitado colônias alemãs em Santa Catarina e japonesas em São Paulo. Embora o foco de sua tese fosse realizar uma análise comparativa do controle federal sobre o ensino secundário na Argentina, Brasil e Chile, a concentração de imigrantes de origem do Eixo despertou o interesse de Hall. Isso aparece não só na tese, como em artigos nos quais o pesquisador estadunidense analisa a política varguistas para com os imigrantes, como também compara a situação de alemães e japoneses. Sua análise revela o olhar de um educador estadunidense sobre a nacionalização do ensino e a ameaça que os imigrantes alemães e japoneses representavam no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939 1945).
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