O MINISTERIO DE JOSE AMERICO NOS RELATORIOS E NAS NOVELAS

A CONSTRUÇÃO DE UMA MEMORIA IMEDIATA DA PASTA DE VIAÇÃO E OBRAS PUBLICAS NO GOVERNO PROVISORIO (1930 1934)

Autores

Palavras-chave:

José Américo de Almeida, Memória de si, Ministério, Governo Provisório

Resumo

Ao término de sua passagem pelo Ministério de Viação e Obras Públicas no Governo Provisório (1930 1934), em meio às críticas na imprensa, José Américo se empenhou em construir uma memória a respeito dessa administração no ano subsequente à sua renúncia. Fez isso, sobretudo, a partir de dois tipos de materiais um relatório oficial e duas novelas gêneros que não são os mais comuns para uma escrita de si. O objetivo desse artigo é discutir o esforço de elaboração de uma narrativa memorial e os sentidos do projeto revolucionário que ele empreendeu na escrita desses textos pensando as proximidades e as diferenças que ambos evocam. Foi possível observar que, ao passo em que o relatório flertava com um exercício de história imediata, construindo um sentido para o passado e para o futuro tendo a Revolução 1930 como ruptura, e com um pacto autobiográfico, as novelas apelavam para a sensibilidade que a narrativa de ficção proporciona. No caso de José Américo, um intelectual modernista, familiarizado desde muito tempo com as potencialidades da palavra escrita e as formas em que ela se desenvolve, esses trânsitos entre os gêneros potencializavam os modos de dizer o que ele queria dizer.

Biografia do Autor

  • Dr. Luiz Mário Dantas Burity, UFPB

    Doutor em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre e Graduado em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

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Publicado

2024-07-06