TITÃ ADORMECIDO OU FRACASSADO?

A REPRESENTAÇÃO DO SERTANEJO ATRAVÉS DO OLHAR MÉDICO E DA LITERATURA NO COMEÇO DOS ANOS 30 DO SÉCULO XX

Autores

Palavras-chave:

Eugenia, Sertanejo, Ceará

Resumo

O presente artigo pretende realizar uma análise histórica sobre a presença dos discursos eugenistas no Brasil, referentes ao sertanejo e ao Ceará, nos primeiros anos do século XX, a partir do olhar da ciência médica brasileira e da visão de literários que se utilizavam dessa teoria para construir suas narrativas e busca entender como esse discurso alcança os diversos campos de estudos no Brasil, sobretudo, as áreas médicas. Desse modo, foi decidido analisar as seguintes fontes: os boletins de eugenia de 1929 a 1931, uma vez que tinha a finalidade de promover o debate e a difusão dos ideais eugênicos nacionalmente, artigos publicados pela revista “Ceará Médico” (1930 1935) que eram divulgados, desde 1913, por uma associação médica do Ceará e a revista do Brasil (1918), para observar como as questões raciais presentes na época relacionavam ciência e medicina com as publicações dos escritos de Monteiro Lobato, Idelfonso Albano Euclides da Cunha. O principal objetivo deste texto é apresentar uma problematização em torno de como os médicos cearenses construíram suas representações sobre a figura do “sertanejo” em suas publicações. Deve se mencionar que este termo foi construído a partir de vários discursos, inclusive, eugenistas e raciais. E que tinha uma intencionalidade e uma pretensão ao determinar esses diversos sujeitos como um só e com a visão de que suas atitudes ocasionavam prejuízos, sobretudo aos desejos eugenistas de um Brasil moderno em meados dos anos 1930.

Biografia do Autor

  • Dr. Luiz Henrique Chad Pellon, Unirio

    Enfermeiro, doutor em Ciências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, professor adjunto do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto
    UNIRIO. Líder do Laboratório Científico de História da Enfermagem (LACENF) e membro do grupo de pesquisa Saberes de Enfermagem e Saúde Coletiva.

  • Dra. Julieta Brites Figueiredo

    Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) (1996), Especialização em Saúde da Mulher (UERJ) (2010), Especialização em Educaçao profissional na Área da Saúde (FIOCRUZ) (2003) e mestrado em Educação Profissional em Saúde pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV FIOCRUZ) (2013). Doutora em Enfermagem e Biociencias na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO) (2019). Participante do Diretório de Grupos de Pesquisa CNPQ, denominado Laboratório de Abordagens Científicas na História da Enfermagem (LACENF).

  • Dra. Ana Karine Martins Garcia, UFCE

    Pós Doutorado em História realizado no Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal do Ceará (bolsa Capes/PNPD, 2014 a 2017). Graduação em História pela Universidade Federal do Ceará(2004), Mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (2006) e Doutorado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011).

  • Mda. Rosilda das Dores Mateus Santos, Unirio

    Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UNIRIO Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (2019).

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Publicado

2024-06-15

Edição

Seção

Artigos Fluxo Contínuo