PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NAS AULAS DE HISTÓRIA
PRÁTICAS INVESTIGATIVAS COM ESTUDANTES DO 6º ANO
Palavras-chave:
Ensino de História, Patrimônio arqueológico, Prática docenteResumo
O presente artigo tem o intuito de apresentar reflexões sobre o patrimônio arqueológico em sala de aula a partir de situações de ensino com estudantes do 6º ano, de uma escola estadual de Nova Petrópolis (RS). A investigação foi realizada no âmbito do Mestrado Profissional em Ensino de História da UFRGS. Buscou-se problematizar alguns patrimônios reconhecidos oficialmente pela cidade e pelos/as estudantes, para discutir seleções e ausências. A metodologia constitui-se como um estudo baseado nas proposições da ‘‘investigación práctica de la práctica de la enseñanza’’, da autora uruguaia Ana Zavala. A reflexão teórica relacionada à elaboração, aplicação e análise de um conjunto de aulas se apresenta como uma investigação sobre a própria prática de ensino de História. Na análise das situações de ensino foi possível verificar que a maioria dos/as estudantes reconhece que existem seleções feitas para se pensar a história da cidade, que estão marcadas por questões de poder e exclusão de determinados grupos. Os/as estudantes debateram perspectivas diferentes em relação à história do município, onde foi possível provocar um olhar para interesses e posições que constroem narrativas históricas. Assim, o patrimônio arqueológico possibilitou a subversão dos discursos dominantes, e passou a ser legitimado por estes estudantes. Os diálogos, as trocas, o espaço para a pergunta e a escuta estimularam as participações dos/as estudantes e fortaleceram as relações pedagógicas.
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