A “BOA TRADIÇÃO” DOS COLÉGIOS MILITARES E A ASSOCIAÇÃO COM O EXÉRCITO:
O COLÉGIO MILITAR DE BELO HORIZONTE
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13857100Palavras-chave:
Colégio Militar, Educação militar, Tradição militarResumo
O artigo aborda a elaboração e o uso de espaços e dispositivos de memória por parte do Colégio Militar de Belo Horizonte para apresentar um discurso positivo de tradição ligada aos demais colégios militares e ao Exército brasileiro. O colégio foi criado nos anos 1950, em um contexto de expansão das unidades pelo país capitaneado pelo Ministério da Guerra e com o apoio de governos estaduais. Este estudo recorre à análise de um conjunto de fontes armazenadas no colégio e constituídas por registros de natureza textual, acervos fotográficos, objetos, símbolos e espaços dedicados à preservação e exaltação da memória da instituição. Tendo como suporte o pensamento de autores como Norbert Elias, Pierre Bourdieu, Eric Hobsbawm e Morris Janowitz, pode-se demonstrar como o Colégio Militar da capital mineira definiu uma estratégia de associar-se à tradição mais ampla do Exército, buscando tomar por empréstimo o alegado prestígio desta corporação e dos colégios militares predecessores, ao mesmo tempo em que tentou estabelecer dispositivos próprios de memória e de uma autorrepresentação positiva que legitimasse sua existência perante o público de classe média e o alçasse ao mesmo nível de excelência das instituições civis de ensino secundário já existentes em Belo Horizonte.
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