POR UMA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM MUSEUS INCLUSIVA
CONHECENDO, ENTRE PISTAS E SINAIS, LIANA RUBI TERESA DE OCAMPO
Palavras-chave:
Museologia e Gênero, História da educação em museus, Liana Rubi Teresa de OcampoResumo
Por meio da vivência de uma pesquisa de mestrado, o artigo analisa os desafios de mapeamento, diagnóstico e interpretação de vestígios de profissionais mulheres atuantes no âmbito museal que resultam, consequentemente, no silenciamento e mesmo o apagamento de suas contribuições nas áreas de interesse da Museologia. Os desafios compreendem desde a dissociação de documentos à ausência de registros de suas produções, pois, essas mulheres, embora apresentem amplo engajamento profissional e acadêmico, não foram valorizadas pelo campo como intelectuais a serem propagadas. Em um movimento afirmativo, a Museologia contemporânea tem construído debates entre Museologia e Gênero, estimulando uma revisão historiográfica, que valorize a participação das mulheres na história dos museus. Como estudo de caso, apresenta-se a trajetória da professora museóloga Liana Rubi Teresa de Ocampo (1932-2017), defensora de uma educação em museus inclusiva, já na década de 1970, que teve suas contribuições ausentadas, até então, nos estudos do tema por desconhecimento. Seu percurso acadêmico, produção e circulação de ideias reforçam a urgência de uma educação em museus de viés inclusivo. Defende-se a importância de pesquisas que tenham mulheres como enfoque para legitimar seus protagonismos na Museologia ao difundir de forma positiva suas participações e colaborações para a consolidação do campo.