A ESCLEROSE MULTIPLA COMO ANTITESE DA SUA PROPRIA HISTORIA
Palavras-chave:
Narrativa histórica, História, Esclerose MúltiplaResumo
Esse artigo é uma reflexão acerca da História da Esclerose Múltipla que se tem disponível aos sujeitos doentes, familiares e amigos, oferecida a partir da organização de registros sob a chancela do discurso médico. Essa reflexão nasceu a partir de dois contextos: (i) da autora como pessoa diagnosticada com Esclerose Múltipla e que se contactava com as narrativas históricas acerca da doença como qualquer outra pessoa na mesma condição, informada pelos médicos, laboratórios, associações entre outros; (ii) como pesquisadora de História Oral de vida de pessoas com Esclerose Múltipla e que ouvia memórias repetidas ou semelhantes daquelas contadas nas narrativas históricas oficiais da doença. O que se procurou refletir foi, por um lado o que essa narrativa histórica oficial da Esclerose Múltipla comunica e o que ela faz funcionar, e, por outro lado, a partir do campo da História, como se poderia pensar a mesma narrativa, ou como exercitar a narrativa histórica à contrapelo, problematizando a forma de tratamento das fontes históricas e o contexto de sua produção. Se utilizou do pensamento hegeliano quando este propõe pensar uma História que tivesse dois fluxos temporais: um pensado do passado para o presente em uma organização linear, mas ao mesmo tempo, do presente para o passado em uma criticidade a contrapelo. Trata-se de um artigo que se configura também uma reflexão sobre o que se faz com as ferramentas da História no cotidiano, onde pulsa a vida e se forja uma existência.
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