O DOCUMENTARISMO SOCIAL COMO ESTETICA E POLITICA NA ARTE DA DECADA DE 1930
OS RETRATOS DA GRANDE DEPRESSÃO NOS EUA NAS FOTOGRAFIAS DO FARM SECURITY ADMINISTRATION
Palavras-chave:
Grande Depressão, Fotografias, EstéticaResumo
O objetivo deste artigo é de contextualizar as produções culturais como loci de representação de gênero e de questões políticas durante a década de 1930 nos EUA, pensando as igualmente como instrumento de diálogo com a sociedade e com um verdadeiro campo cultural de mídias de massa no começo do século XX. Para tanto, foi escolhida uma série fotográfica de Dorothea Lange que, ao ser analisada, auxilia a reflexão sobre variadas questões de ordem social, política, econômica e de gênero desta época. O artigo está dividido em quatro partes, mais a conclusão. Após uma introdução de caráter teórico, iniciamos situando com mais atenção o campo cultural e artístico dos Estados Unidos durante a Grande Depressão. Em seguida, a partir das produções e de ensaios produzidos por artistas e intelectuais ligados a agências estatais, vemos como a estética documental teve uma permeabilidade social muito ampla e significativa, com diversos usos políticos no passado e no presente. Analisamos na sequência mais especificamente os retratos de Dorothea Lange para pensar questões políticas e de gênero. Por fim, concluímos como o diálogo das produções culturais com o seu tempo, bem como os usos que delas são feitos em outros momentos, são exemplos de que os conteúdos e discursos que tais obras instrumentalizam são potenciais críticos da ordem, de verdades e de naturalizações de um meio social; apontando também para a importância de acervos imagéticos online e de livre acesso como a Library of Congress como ferramentas de pesquisa e reflexão contemporâneas.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Sillogés
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.