O ATESTADO IDEOLÓGICO NAS PÁGINAS DA IMPRENSA NOS PRIMEIROS ANOS DA DITADURA CIVIL-MILITAR (1964 – 1968)
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10591529Palavras-chave:
Ditadura civil-militar, Atestado ideológico, ImprensaResumo
O presente texto tem como objetivo observar os debates entre Estado e oposição nas páginas da imprensa sobre o atestado ideológico durante os primeiros anos da ditadura civil-militar (1964 – 1968). Na primeira seção do texto traçaremos um breve histórico do atestado de ideologia com o intuito de contextualização. Na segunda seção discutiremos os primeiros atos após o Golpe de 1964 e como as medidas adotadas pelo Governo escalaram em direção a um Estado de Exceção, além da criação através do cenário político de um contexto propício para a implantação do atestado ideológico. Na terceira seção discutiremos mais a fundo os debates entre a oposição e o governo sobre o atestado ideológico nas páginas da imprensa. Na quarta seção buscamos compreender os mesmos debates já citados anteriormente, mas nesse caso, tomando como recorte temporal o ano de 1968 por ser considerado um ano de forte atuação das oposições – sobretudo antes do Ato Institucional Número 5. Adotando esses eixos de análise conseguiremos compreender em primeiro lugar o atestado ideológico e os debates em que estava envolto, em segundo lugar a forma como a imprensa foi importante na veiculação das opiniões sobre o cenário político – sobretudo da oposição – nos primeiros anos da ditadura civil-militar e por último, olhando a partir do atestado ideológico, a forma como a dialética entre Estado e oposição ditava os rumos da política nacional.